O que significa “Crescer como autor”? Para mim, equivale a dizer que publicar livros torna-se uma oportunidade de escrever, construir uma identidade e deixar um legado para o mundo. Escrever é assim uma faca de dois gumes: a oportunidade de se divertir contanto e lendo histórias e uma oportunidade de se construir como pessoa. Esse movimento de construção passa pela construção da identidade e de um legado para o mundo.
Livros: o seu legado de autor
Um autor que vai escrever um livro pela primeira vez talvez não se pergunte sobre o seu propósito, sobre o que deseja alcançar com aquele livro. Mas o autor experiente certamente olha para o livro como uma possibilidade de transmitir um pouco do que ele é e transformar pessoas e vidas com o seu trabalho.
Ora, com a experiência que eu adquiri nestes anos todos escrevendo e cuidando desse blog, cheguei à conclusão de que cada livro é uma oportunidade para o autor de construir o seu legado.
Neste blog, você encontrará alguns posts a respeito da forma com a qual esse legado pode se apresentar para o autor indeciso. Aqui vai a lista de alguns desses artigos:
- Histórias que transformam
- Vida de autor: virar escritor é se transformar
- A voz do autor
- Escrever um livro: da ideia para o papel
Definição de legado
Para resumir, um legado significa algo em que o autor acredita, algo que ele considera importante e que deseja deixar para o mundo desfrutar. Segundo o dicionário Priberam de Língua Portuguesa, a definição de legado é
O que é transmitido a outrem que vem a seguir.
“legado”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/legado [consultado em 01-01-2023].
Acontece que a escrita é uma das maneiras de arte ao meu ver mais impactantes. Isso porque palavras transformam e importam. No meu artigo A guerra na Ucrânia e a missão dos autores, você pode ler um pouco mais sobre o que eu estou dizendo. Cada livro é uma ocasião para transformar o mundo. Essa é uma espécie de missão para o autor.

Os livros do autor: a sua identidade
O livro oferece em segundo lugar uma chance para o autor de se construir uma identidade (ou de se desconstruir a mesma) face a um mundo em constante mudanças. Acontece que escrever é um processo muito íntimo, por vezes difícil.
Quando eu comecei a escrever o Cidade das Mandalas, foi ouvindo a sugestão de um amigo sobre as dores no peito que eu estava sentindo. Ele me disse que eu deveria começar a escrever sobre essa dor para aliviá-la. Foi assim que a Kundalini, a personagem principal da história, apareceu para mim. Ela nem se chamava assim na época. Já faz quase dez anos que eu a conheci. Escrevendo o Cidade das Mandalas eu pude entender melhor a dor no peito que eu estava sentindo; criando o mundo das mandalas e os personagens que o compõem, eu percebi que não era a única a sentir aquela dor.
Escrever aquela história adquiriu uma coloração diferente porque ela agora era universal. OU seja, muitas mulheres passavam e sentiam o que eu estava sentindo. A minha dor física era real e tinha explicação.

A ideia de que, apesar daquelas dores que eu estava sentindo no peito, dores físicas que 5 médicos na França me disseram que eram puro delírio meu, representavam uma oportunidade de efetuar uma mudança positiva na minha vida. E foi o que eu fiz: buscar o caminho da cura através do yoga, da espiritualidade e da transformação pessoal.
Em último lugar, falar sobre mandalas me permitiu reforçar uma convicção que eu já tinha para mim e transmiti-la para o mundo, de maneira a produzir uma mudança positiva no mesmo. Essa ideia é como que o carro-chefe da minha obra toda como autora: a de que existe uma ordem no meio do caos e que essa ordem é justa, sagrada e sobretudo conversa com o âmago de cada pessoa.
Se você visitar a minha Loja de livros verá que além do trabalho de ajuda aos autores, eu escrevo sobre o mundo das mandalas, que é uma criação literária minha para falar sobre a ideia de que o mundo em caos é, apesar da aparência, ordenado. Essa é a experiência da mandala, aliás. Começou com a minha experiência como autora e faz hoje parte da minha identidade.
Crescer como autor: o seu presente para o mundo

Uma vez a sua identidade construída, o autor já amadureceu o seu legado e já editou a sua história, o seu livro, resta a ele oferecer o seu livro para aqueles leitores que poderão usufruir do mesmo e tirar proveito daquela mensagem de transformação positiva.
Crescer como autor também significa que o autor se desliga do seu livro como extensão de si mesmo, entendendo que o livro é para o mundo antes de tudo. Para mais informações sobre este assunto, leia Como transformar as suas ideias em livros e Como confiar na força da sua ideia.
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