Eu não vou mentir para você. A vida do escritor é difícil. Construir um legado no nosso mundo é difícil, ainda mais numa língua como a nossa, a Língua Portuguesa. É preciso se reinventar, recriar e buscar na nossa criatividade os caminhos alternativos quando os nossos outros planos iniciais não estão dando certo. Mas acima de tudo, é preciso manter a cabeça erguida, confiar na nossa capacidade de contar boas histórias transformadoras e almejar sempre criar um impacto positivo no nosso mundo.
O que define a vida do escritor
Tão difícil quanto escrever um livro é responder essa pergunta. O que define um escritor eu diria que é a capacidade de contar boas histórias, mas não somente. É também o domínio da língua na qual o autor escreve, o encadeamento lógico dos eventos na cabeça dele.
Além disso, tem a capacidade do escritor de acompanhar com sanidade todo o processo editorial do seu livro que pode ser difícil, sobretudo para os escritores de primeira viagem. Para saber como encarar esse processo necessário com serenidade e entendimento, ler Serenidade durante a edição.
Mas ser escritor é também ter a fibra para continuar escrevendo, fazer a promoção enquanto já se pensa num próximo projeto literário.
Por que a vida do escritor é difícil?
Existem muitos motivos que eu já consegui contar. Uns vêm da minha experiência como autora e outros do meu condicionamento.
Condicionamento
Comecemos pelo último: o que me fizeram acreditar ao longo da minha vida e o que eu sempre achei verdade. Você já ouviu a frase seguinte: viver de escrita é impossível? Viver de escrita não é uma carreira séria? Como assim viver de escrita? Se você respondeu “sim” a pelo menos uma dessas questões, saiba que isso também entra no seu condicionamento. Cabe a você, como autor íntegro, que crê em seu potencial, se desfazer destes condicionamentos.
Isso se faz de algumas maneiras, como por exemplo: primeiro de tudo, fazendo um exame completo e honesto de quem você é como autor, onde se encontra no caminho literário e o que você pode fazer para mudar a situação. Este exercício permite ao autor assumir responsabilidade total pelo seu percurso de escritor e tomar as rédeas da evolução de sua carreira em direção a um objetivo desejado.
Por exemplo, um autor que tem boas ideias mas não sabe bem escrever uma história pode investir um dinheirinho em algumas lições de storytelling. Outro que não consegue terminar seu livro, pode investir em como escrever rapidamente sem perder o embalo do momento criativo.
Experiência
Sobre as conclusões que eu tirei com a minha experiência na profissão, a vida de autor é difícil, sim, mas vale cada segundo. E, contrariamente ao que muita gente pensa, não tem nada a ver com karma ou sorte. Tem a ver com trabalho. Trabalho árduo, compenetrado e com o objetivo de servir o bem.
O trabalho que é necessário colocar num livro novo, na pesquisa de audiência, na validação da história, em manter a cabeça firme ao peitar críticas negativas. Para se armar contra os haters, leia Como enfrentar a crítica literária negativa e O que é leitura crítica. Para te tranquilizar, autor, eu te digo que os haters estão em todo lugar e que não é seu trabalho se preocupar com eles. Faça apenas o que você deve fazer e não pense em quem não gosta.
Lado positivo de ser escritor
Falando das conclusões que eu tirei sobre a carreira de escrita durante estes dez anos que eu escrevo, vem por exemplo a barreira da língua portuguesa. Uma das coisas que eu sempre me perguntei foi a seguinte: como raios eu vou competir com todos estes livros em inglês? Isso não é justo. Acontece, leitor, que ser falante de português é uma vantagem se você souber identificá-la.
Se por um lado, os romances de ficção são mais difíceis de vender (segundo a minha experiência), por outro, a não-ficção funciona bem em língua portuguesa. Veja bem: esse blog resulta das minhas leituras em outras línguas de manuais e entrevistas com autores best-sellers em outras línguas que eu escrevo em língua portuguesa. E grande parte do meu leitorado vem do blog.
Entretanto, para mim, os dois melhores lados de se ter uma carreira literária são: 1) deixar um legado que é autenticamente seu; 2) a liberdade de trabalhar quando quiser e sentir vontade. Sobre este último ponto, eu falo bastante sobre a questão da integridade e autonomia de uma ideia quando ela entra na cabeça de um autor no meu livro Como escrever um livro em 3 meses, que você pode obter gratuitamente através do link abaixo.

Torne-se um AUTOR
Por último, autor, não se esqueça do seguinte:
Você é um autor! Se você sente isso no seu coração é porque é verdade e que se dane quem te disser o contrário. Para uma biblioteca de conteúdos sobre como escrever um livro e se tornar um autor, acesse: Como escrever um livro
Para terminar, um presentinho.
