Qualquer pessoa pode aprender a escrever, mesmo se ela não se considera alguém criativo ou que saiba alinhar as palavras numa ordem legível. Falando nisso, as más línguas contam que Dan Brown é um péssimo escritor, mas um ótimo contador de histórias. Significa que ele sabe contar fatos que mantém preso seus leitores, que criam uma ilusão de realidade, que encantam e causam transformação, mas que a sua escrita é péssima. Eu acho que apenas os seus editores podem confirmar esse tipo de boato. Mas o fato é que existe um segredo para contar uma boa história, verossímil e crível. E a dica infalível para escrever é a seguinte: crie uma história orgânica.

O que é uma história orgânica?

Organicidade é a dica infalível para escrever uma boa história que manterá a ilusão do seu leitor. Mas o que significa isso?

Pense num corpo humano que nasce, cresce e morre. Ou numa planta que vive o mesmo ciclo desde o seu brotar no chão até a morte de suas folhas, caule e raízes.

árvore que nasce, cresce e morre

Segundo o dicionário Priberam de Língua Portuguesa, orgânico significa:


Que é relativo aos seres vivos ou vem de um organismo vivo.

“orgânico”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/org%C3%A2nico [consultado em 15-06-2022].

Ou seja, para que a sua história consiga criar uma ilusão no leitor, ela deve ser viva. Exatamente como uma planta que brota no solo, a história deve nascer, crescer e morrer de maneira consequente, existindo entre as cenas uma relação de ação e reação que movem o personagem pelos meandros da intriga.

Como aplicar essa dica infalível para escrever?

Como dito anteriormente, aplicada para um livro, a história orgânica se organiza sob uma lógica de causa e consequência. Isso quer dizer que algo acontece por consequência de outro algo.

Tente pensar num efeito dominó ou num efeito em cadeia.

Esse é o efeito que você quer criar com a sua história: uma cena acontece porque algo a desencadeou. E por sua vez, essa cena terá uma consequência que levará a uma outra cena e assim por diante. Esse é o organismo pulsante, o pulmão vivo da história respirando e expirando cenas, desde o seu nascimento, até a sua morte.

O nascimento da história pode ser entendido como o momento inicial, falando em termos técnicos de narratologia e escrita criativa. Trata-se daquele chamado inicial do herói a cruzar a linha do que lhe é proibido, em direção à sua jornada. Aliás, a jornada do herói é uma ferramenta para ajudar o escritor a encontrar a organicidade da história.

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