Há mais de dez anos, eu tomei uma decisão que mudou a minha vida para sempre. Eu fui embora para Paris para ser escritora. Isso porque tinha convivido os últimos dois anos em contato com escritores e autores e visto a possibilidade de realização do meu sonho. Por isso se você quer saber como virar escritor, saiba que é possível.

Assim, o primeiro passo que eu dei, antes mesmo de começar a escrever um livro, foi buscar um lugar que me inspirasse. Na minha experiência e observação, esse lugar se revelou tal um véu se afasta com a brisa do vento… naturalmente. Ele tinha a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo e uma livraria de mais de seis andares junto com a universidade que desde a minha adolescência, já tinha sido resolvido que eu frequentaria: a Sorbonne.

A partir daí, eu soube: era para lá que eu tinha que ir. E foi para a capital francesa que eu fui. Em horas eu tinha tomado a minha decisão e pulado no avião de volta para a Cidade das Luzes. Mas mais do que isso, Paris foi um lugar onde eu entrei em contato com os meus demônios, com a pessoa que eu era de fato. E a jornada de como virar escritor transformou-se numa jornada de conhecimento pessoal, muito além do que eu podia imaginar.

Você se pergunta como ser escritor? Continue lendo que eu te ensino como.

Como virar escritor: um estilo de vida

Além do livro, é preciso entrar na pele de um escritor, é preciso se sentir um escritor. Um ator, para poder interpretar um personagem de maneira crível, ele literalmente entra no personagem, usando várias técnicas para isso. Com o escritor é igual: o autor que deseja escrever um livro de fibra, transformador e que permanece no coração dos leitores, incarna e vive a sua trama como se esta acontecesse consigo mesmo.

Era isso que eu buscava em Paris, além de uma cidade que me inspirasse, uma língua que eu sabia falar e, acima de tudo, a aura de literatura e de arte que se desprende de lá. Paris deu-me muito mais do que isso de presente: a cidade me deu um dos maiores tombos e maiores reerguidas que eu podia esperar.

Por isso, autor, se você se pergunta como virar escritor, eu lhe aconselho a encarar a coisa toda como um estilo de vida, sentindo-se cada dia, a cada passo que você der, como um autor de um livro que toca mil corações e transforma mil vidas. Cada palavra que você deita no papel, o sopro de um anjo no seu ouvido, sussurrando conselhos e dias melhores para os seus leitores. Basta dessa história de ser escritor e se encher de café. A coisa toda é maior do que isso. Estamos falando de transformar vidas.

Para ler como sobre a minha vida de escritora, acesse o link: https://nayaralemes.net/2023/04/13/minha-vida-de-escritora/

Por que Paris? O lugar importa?

A minha primeira dica é: ao escolher um local para escrever, imagine-se como um escritor. Como falado acima, a escolha de Paris para mim aconteceu naturalmente porque todos os meus escritores favoritos estavam lá: Marguerite Duras, Ionesco, Milan Kundera e tantos mais. Ademais, eu queria percorrer as mesmas ruas destes escritores, respirar o mesmo ar, falar a mesma língua. Beber na mesma fonte que os inspirava…

Mas você pode escolher tantos outros lugares no mundo e, na verdade, nem precisa sair da sua casa. O importante é escolher um local sem tumulto material e energético, tranquilo e que te permita trabalhar com concentração e afinco. Na verdade, o local físico não precisa ser extravagante desde que ele te inspire. Aliás, essa é a única exigência que você deve ter consigo mesmo, autor, quando elegir um local de escrita. Se você é jovem, como eu era na época, e se acha que aguenta o tranco, por que não ir para um local que te inspire? Hoje em dia, eu saí de Paris, mas sempre que busco inspiração, viajo para locais que me permitem sonhar e me colocar num estado de transe criativo.

O que eu aprendi nestes anos de escrita em Paris

É difícil entender o que se aprendeu com uma experiência se esta te deixou indiferente. A verdade é que Paris me transformou na pessoa que eu sou hoje em dia, com todas as minhas cicatrizes e alegrias. Cada traço na minha mão, cada ruga no meu rosto e cada fio de cabelo branco, foi Paris que me deu de presente e eu sou grata a esta cidade por isso.

Muitos anos após, e uma pandemia, eu regressei à Cidade das Luzes, esperando reencontrar-me com a cidade que fez de mim quem eu sou, em todos os meus valores, maneiras de ver o mundo, maneira de me apresentar para o mundo.

O que eu encontrei foi uma cidade que me acolheu de braços abertos, porque eu tinha mudado. Sim, a Cidade das Mandalas reflete mesmo quem somos no interior de nós.

O livro Cidade das Mandalas, no qual eu proponho uma história espelhada da minha experiência na capital francesa, revelou-se mais verdadeiro ainda.

Quer transformar-se num escritor? Eu sugiro que além do café, beba experiências que o fazem sentir-se vivo. Só assim você vai poder traduzir em palavras o processo de transformação humana necessário para se criar uma boa história.

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