Ficção ou não-ficção, dissertação ou simplesmente um relatório, o que quer que você esteja escrevendo, se tem desejo de ver seu material publicado uma coisa é fundamental: divirta-se ao escrever. Por quê? Simplesmente porque escrever trata-se de comunicar algo que você está vendo na sua cabeça. E apesar de fazermos essa comunicação através das palavras, uma coisa é fato: existe uma corrente invisível que se transmite além das palavras. Essa corrente vai levar o seu leitor a sentir o que quer que você estiver sentindo quando escreveu o seu texto.
Por isso, é importante estar alinhado com a essência e o teor do que está escrevendo e não esperar do seu leitor que ele se transforme ao ler o que você escreveu. É fundamental estar em harmonia e sobretudo, divertir-se ao escrever. Ouso dizer que em toda forma de arte este é um grande determinante no sucesso daquela forma de arte. Esse é um determinante chave porque ele vai levar as pessoas a experimentar o texto na mesma energia do autor. Se o texto foi composto na energia errada, seu leitor vai sentir e você pode dizer adeus à transformação positiva que você pretendeu para o seu leitor.
Existem algumas dicas que eu posso dar, que eu tanto aprendi quanto desenvolvi durante estes onze anos de experiência escrevendo livros. Tais dicas servirão tanto para aumentar a sua técnica quanto a sua abertura ao seu texto e possivelmente ao fato de que um texto exprime uma verdade do autor, qualquer que seja essa verdade, e por mais obscura ela seja.
1) Escreva sobre algo que você quer escrever.

Não adianta escrever para crianças (porque o Harry Potter teve o sucesso que teve e você também o quer) se você não suporta crianças. Não adianta escrever horror se você não suporta ver sangue. Crie algo que faça sentido para você sempre tendo aquele guia: escrever para o progresso da humanidade. Se o seu negócio é escrever pornochanchada, crie a história mais inovadora de pornochanchada que já existiu, algo que faça rir e quebre tabus ao mesmo tempo. Esse gênero é ótimo para quebrar os tabus do sexo, por exemplo. Se você é curioso sobre fantasia, porque não levar as pessoas a sonhar com uma boa história de fadas e vampiros? Se você curte a ficção paranormal, use sua arte para evidenciar fenômenos que a ciência ainda deve provar. O que quer que seja, é fundamental, tanto para o bem do seu leitor quanto para o seu bem como autor, de escrever algo que faça sentido para você.
2) Traga suas emoções à flor da pele, para a superfície do seu ser quando estiver escrevendo

Essa dica saiu da boca de ninguém menos que Joye Tribiani e my oh my, que dica valiosa. Para conseguir colocar o máximo de sentimento no papel, existe uma técnica usada por muitos artistas que é a de trazer suas maiores feridas para a superfície do seu ser, para a sua consciência mais inflamada e mantê-la lá, pelo menos até formular a premissa do livro e, no ideal, até terminar a primeira redação. Se esse sentimento emergiu é porque é ele quem deve guiar senão o livro pelo menos o texto. E eu sugiro, para que sua história seja a mais impactante possível, que você aposte na força desse sentimento incluindo-o na sua premissa.
3) Sinta com seus personagens e permaneça atento ao que você está sentindo quando estiver escrevendo

Se chorar, chore e coloque na boca do teu personagem as palavras e emoções que te fazem chorar) A escrita é antes de tudo uma cura catártica (VEJA O ARTIGO AQUI: A ESCRITA CATARTICA); quanto mais emoções você exprimir durante o ato, maior será a cura.
O que você sente ao escrever um livro? Escreva nos comentários.
Sobre trazer suas maiores feridas para fora através da escrita. Achei fantástico. Me peguei esses dias pensando justamente nisso, como as coisas que tenho escrito refletem muito sobre o que eu já vivi e o que aprendi com isso. Muito bom. Parabéns 👏👏
Obrigada Vanessa. Eu acho que a escrita cura até mesmo males físicos. Foi o meu caso. Bom saber que não sou a única 🤍