Se você observar, tanto o KDP quanto as redes sociais, verá o barulho, a poluição visual e o oposto do que a gente deveria estar exercendo nos dias atuais: a calmaria e o silêncio. A verdade é que o ambiente da publicação independente desanima qualquer um. É muita gente, muitos livros novos, todo mundo gritando no megafone “compra o meu livro” e uma superficialidade do tamanho do ego de toda a gente.

À primeira vista, isso pode acabar com a autoestima do escritor independente, sobretudo se você estiver começando. Mas com o meu artigo, eu quero te deixar um fio tênue de esperança. O segredo para continuar avançando é construir uma fortaleza para si próprio e transformar a concorrência em obsoleta.

Todos nós estamos de saco cheio de fazer propaganda, contactar influencer, Instagram literário, e de ver os números do KDP aumentarem apenas quando se tem uma promoção de livro gratuito e o que é pior: as vendas não aumentam. 

Na cabeça do escritor, se passam muitas perguntas:

  1. Como fazer para me notarem?
  2. Eu sou bom o suficiente para escrever um livro? Aliás, quem sou eu para escrever um livro? (Síndrome do impostor ferrenha!)

E o sentimento que nasce de um estado de espírito assim é: fuck this shit! O gênero hot leva mesmo a alta… Como posso competir com o Stephen King que vende o livro dele ao mesmo preço que o meu e com razão?

Autor, é claro que o leitorado brasileiro cabeçudo que se espelha no Homer Simpson vai escolher o King ao seu livro de terror! O que VOCÊ faria?

A primeira coisa, escritor, é saber que você está num mercado difícil, mas não impossível. É preciso abrir a cabeça dos seus leitores, educá-los para o seu conteúdo. Afinal, como pedir para gente que nunca te viu na vida para que eles gastem dinheiro com você? Só tem um jeito, autor: isso se faz educando o seu leitorado com livros bons, habituando-o ao seu conteúdo.

Isso leva ao segundo demônio que vai precisar afrontar: o seu próprio despreparo. Pode ser que eu esteja enganada, mas estou ME pegando como exemplo aqui. Quando eu comecei, não tinha ideia do que estava fazendo. Era tão ingênua que, para mim, o mais difícil era escrever o bendito livro. O resto, eu nem sabia que existia, ou preferia não pensar.

Na verdade, ao terminar o manuscrito do Cidade das Mandalas e me ver com o calhamaço virtual, sem saber o que fazer, aquela pergunta me acertou em cheio.

Acontece que eu tinha que passar meu livro na mão de betas-leitores, de editores, leitores críticos, etc. Mas quem? Como? Resumindo: estava perdida. Quer saber melhor como fazer? Baixe aqui o livro GRÁTIS.

O leitorado educado para os meus livros e o fato de ter uma comunidade foi a resposta para o meu “now what?” Eu sabia que não adiantava mostrar o Cidade das Mandalas para qualquer público. Este é um livro feito para um tipo de leitorado específico que aprecia assuntos espirituais. Tais foram os fatos que me permitiram dar o impulso, sair desse barulho de gente gritado no meu ouvido com posts FB e IG e ir buscar a minha turma. Educar o leitorado e a se refugiar no seio de uma comunidade deixam a concorrência “fora de contexto”. Você não precisa se destacar dos demais porque a sua comunidade já o vê como uma pessoa de valor. Você escreve algo que eles apreciam. Ademais, quando você se constrói uma comunidade de leitores, pode ter certeza de que ela te carrega pelos períodos difíceis. Se há algo que eu diria para fazer a todos os autores que não sabem bem como se destacar: 

  1. Saia da gritaria; coloque a concorrência fora de contexto escrevendo algo que a sua comunidade aprecie.
  2. Invista numa comunidade de leitores, composta por uma nicho de leitores do seu gênero, que estarão ávidos para ler o que você escreveu e que te motivarão.

Autor, eu vou lhe contar um segredo, o KDP é a nova 25 de março. Não adianta sair por aí gritando “compra” “compra”, igual camelô porque você só vai gastar a sua voz fazendo isso. E você precisará da sua voz para escrever um livro de qualidade.

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