Nesses últimos dias, eu não fui eu mesma, não estava bem. As coisas saíram do controle sem que eu quisesse ou pudesse fazer algo contra. Esse blog sofreu. As estatísticas desceram, a interacção baixou e a minha empresa de livros ficou um pouco jogada. O dinheiro então, esse fugiu! Eu passei uns dias sujos (como se diz em francês), dormindo mal, tendo pesadelos e sobretudo, pensando muito. Sentia-me de frente com o penhasco. Ou entrava numa disputa com o sistema (o que contraria o meu princípio de levar a vida da maneira mais tranquila possível), ou me jogava do alto e abraçava de vez o meu projeto de viver de livros. Eu escolhi viver de livros. Jogar-me do alto (e que me atirem no peito).

Contemplando o vazio do alto quando se quer viver de livros

Eu vou explicar aqui porque tudo isso aconteceu e espero que, abrindo o meu coração, possa criar ainda mais a energia já elevada que está na minha vida desde que eu escolhi viver de livros. Eu tenho certeza que com o apoio da comunidade, as águas do meu rio sagrado voltarão à passividade e à normalidade, carregando a minha alma, do fundo do rio, para uma superfície mais rasa, que me dê pés.

silhouette of bird above clouds
pássaro voando

Há uma semana, eu despedi meu patrão: a Educação Nacional belga. Depois da pandemia, eu comecei a dar aulas de francês numa escola do Ensino Médio aqui para complementar a renda que eu tinha da atividade de escrita que eu divido aqui no blog. O fato que eu escolhi interromper o contrato faz com que a minha atividade complementar assumisse o estatuto de principal, o que significa que a minha empresa de livros é agora uma empresa a tempo completo com todas as cargas de uma empresa desse porte. A mudança de estatuto é automática, a não ser que eu constitua um dossiê para pedir uma prorrogação de prazo alegando que financeiramente não estou pronta para dar esse passo. Acontece que eu estou pronta. Sinto-me pronta para a transição. E tenho plena confiança no meu cérebro e na minha competência. Eu sinto-me como um passarinho pronto para se jogar do penhasco. Ele tomou algumas lições de vôo mas a aerodinâmica mesmo, ele só compreende na prática. Só que encarando o vazio, sempre tem aquela vozinha que diz: e se…?

A proteção das minhas asas porque eu queria viver de livros

Por que eu me demiti? É preciso entender o que aquele trabalho significou para mim: fazer um trabalho que eu não gostava, para o qual eu não tinha nascido e que eu não tinha a vontade. Eu fiz muitos posts sobre isso, por exemplo este aqui. Eu queria viver de livros! Isso depois de ter passado um ano e meio trabalhando por conta própria com algo que é o que eu gosto, o que eu quero fazer e sobretudo, com algo que fala com a minha alma: a escrita de livros, este blog e a mentoria com autores. Durante este um ano e meio, eu construí a minha carreira, coloquei as bases da minha atividade e criei o meu blog que está crescendo muito rápido.

Sempre senti os anjos perto de mim, me protegendo, mas há momentos na vida em que eles se distanciam de propósito, como que para me ensinar algo. Quando eu dei a minha demissão, eu não senti a presença deles perto de mim. Eu sabia que eles não tinham me abandonado; se eu pedisse ajuda, eles estavam ali para mim, mas aquele momento de tomada de possessão era meu. E ninguém deveria interferir. 

person writing on black board with chalk
foto dando adeus

Ao dar a minha demissão, eu não realizei por completo o que aquilo significava na minha vida. Apenas que eu estaria enfim livre daquelas correntes, daquele trabalho que me endurecia como pessoa. Ao ouvir o que aquilo representaria legalmente, entretanto, eu confesso que precisei de um tempo sozinha. Durante este tempo, eu não pensei nos anjos, não meditei, não fiz yoga. Não ofereci café para a minha avó, o que eu tenho feito todos os dias desde que ela foi embora desse planeta. Pensei apenas em como faria para assumir o que eu tinha feito e as consequências. Mas eu não sou uma garota que volta atrás. Sei que isso é uma armadilha e não traz completude, apenas uma sensação de vazio profundo.

Ontem, como que por milagre, eu vi a solução. Límpida. Frente a mim. Eu sabia que seria difícil implementar essa solução, mas também sabia que tinha as ferramentas para implementá-las. Mas como eu disse, eu tinha o meu cérebro, que me ajudará a encontrar soluções. A solução era simples: fazer acontecer. Informar-me. Não deixar que conversa alheia me desconcentrasse.

A turbulência do vôo

Quando eu estava nas montanhas, há um mês, o tarô já me advertiu sobre eu ter que me segurar para não perder a cabeça nesse ano de 2022; a minha pergunta era sobre o fato de que eu queria viver de livros. Eu sei que momentos intensos estão por vir, mas eu confio na inteligência do meu cérebro e na força do meu desejo. Foi nesse espírito que tomei a decisão de abrir uma empresa legal de escrita a tempo completo.

No dia de hoje, aqui está a carta que eu tirei a carta:

carta do tarô

O fluxo sagrado do “sim”.

Eu sinto arrepios em olhar para essa carta que fala comigo de uma maneira que ninguém fala geralmente. A mensagem dessa carta foi a seguinte: na vida, existe um fluxo sagrado que lhe diz “sim” o tempo todo. Esse fluxo é limitado por barreiras que correspondem ao “não” que ouvimos.   E apesar de por vezes encararmos estas barreiras como negativas, elas servem para nos guiar em direção ao “sim” do universo. Também uma frase falou comigo hoje: Você não é um peixe e por isso, não precisa nadar na superfície. Nade nas profundezas das águas e deixe que a correnteza lhe carregue. 

O que eu entendo disso é que essa situação toda é o universo dizendo sim ao meu projeto de viver da escrita e que por meio dos “nãos”, ele me conduz em direção ao futuro límpido. 

Mais do que confiança na minha capacidade de levar a cabo uma empresa desse porte, eu tenho plena confiança no universo e nos anjos que me rodeiam e me protegem. Além da educação de empreendedorismo de berço que eu recebi, eu tenho o apoio do universo porque eu trabalho para o avanço da humanidade e essa carta é o universo que me diz um grande “sim”. Por esse motivo, eu me jogo do penhasco e que me atirem no peito.

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6 comentários em “Escolhi viver de livros

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